Nos últimos anos, a necessidade
da rápida adaptação a um novo modelo de trabalho fez com que muitas lideranças
de Recursos Humanos adotassem o chamado RH ágil.
Em um período de transformações tão intensas, se saiu melhor quem conseguiu aprender rapidamente a usar tecnologias, plataformas e a se adaptar às novas formas de trabalhar.
Porém, com o avanço da vacinação e a retomada de uma vida mais próxima ao normal, é preciso evitar modismos e olhar para as metodologias ágeis de maneira estratégica.
De acordo com um estudo da
Deloitte publicado em 2021, as transformações ágeis ao longo da pandemia,
fizeram com que empresários se tornassem mais confiantes na capacidade da
equipe de RH de enfrentar desafios futuros.
Segundo Ana Paula Lehmkuhl,
Gerente de Pessoas & Cultura no DOT Digital Group, mesmo com esse avanço, a
mudança possui requisitos para acontecer de forma eficaz. “Esses profissionais
devem estar cientes de que, para a implementação da metodologia ágil ser bem
sucedida, é preciso haver envolvimento da alta liderança, dos gestores e também
dos colaboradores - afinal, mais do que uma nova forma de atuação, o RH ágil é
uma mentalidade”.
Sendo assim, o RH precisa
passar a olhar para todas as ações e demandas já existentes a partir de uma
nova ótica, tentando ser muito mais prospectivo.
“Os desafios sempre vão
existir: a tecnologia segue crescendo exponencialmente, a geração Z já está
chegando ao mercado e uma nova relação com o trabalho vem sendo estabelecida.
Cabe ao profissional dar atenção a essas demandas a partir de uma mentalidade
compatível ao formato ágil”, explica a gerente de pessoas.
Ser ágil é ser simples
Segundo Ana Paula, de forma
objetiva, o RH ágil deve permitir que sejam desenvolvidas habilidades que
tornem o trabalho mais adaptável, flexível e focado em entregas. Ou seja, não é
sobre ser mais veloz, mas sim executar as ações do dia a dia de forma simples.
Para começar essa mudança na empresa, alguns questionamentos devem ser feitos,
tentando entender se há necessidade de um RH ágil e se há espaço para essa
mudança.
“Essa clareza é essencial, já
que é uma transformação que impacta a forma como as atividades são feitas no
dia a dia. O que o desenvolvimento ágil de RH prega é que as relações sejam
mais colaborativas (com menos estruturas hierárquicas), transparentes, humanas
e flexíveis. Ao invés de seguir um plano fechado, o que conta mais nesse
formato é se adaptar à realidade. Assim, o planejamento acontece de forma mais
contínua”, explica Ana Paula.
Durante sua experiência
adotando o RH ágil, Ana Paula explica que a primeira mudança foi na avaliação
de desempenho, com o foco na construção de ciclos curtos e melhorias contínuas,
além de tornar o processo mais compreensível para os colaboradores.
Ao longo desse período de
adaptação e de estudo sobre o método RH ágil, a principal percepção adquirida é
que esse formato acaba com aquela sensação de “lá vem o RH com novas
cobranças”. A maior evidência de que a área não está entregando valor é quando
os funcionários têm a percepção de que a equipe de recursos humanos está ali
apenas para cobrar. Isso porque, muitas vezes, o que é feito pelo RH é para o
RH - e essa é uma das mudanças urgentes que devem ser feitas em uma
organização.
Para a especialista, diante das
mudanças em andamento e de todas aquelas que ainda irão acontecer, abraçar a
metodologia ágil no RH significa ressignificar paradigmas que antes eram
portos-seguros.
“Se há algo que aprendemos nos
últimos anos é que, na verdade, não estamos tão seguros assim. Mudanças estão
acontecendo a todo o momento e uma mentalidade aberta ao novo e à melhoria
contínua é o que permitirá aos gestores de recursos humanos exercer um papel
estratégico em organizações em um mundo pós-pandêmico” finaliza.
Fonte: Contábeis
https://www.exodocontabilidadeonline.com.br/noticias/contabil/entenda-o-que-e-rh-agil-e-como-implementar-essa-mudanca-de-mentalidade-dentro-da-empresa/ebf71aa4-4bc3-4b1d-a6ec-93d5ba97bbf4
Nenhum comentário:
Postar um comentário